sábado, 29 de março de 2014

Estremecimento inteligível

Esgotados os modos de expressão, a arte se orienta para o sem-sentido, para um universo privado e incomunicável. Todo estremecimento inteligível, tanto em pintura como em música ou em poesia, nos parece, com razão, antiquado ou vulgar. O público desaparecerá em breve; a arte o seguirá de perto.
Uma civilização que começou com as catedrais tinha que acabar no hermetismo da esquizofrenia.
Emil Michel Cioran, in Silogismos da amargura

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