sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O cálice

“É preciso ter um espírito indignado, aberto à comiseração. Eu escrevi aqui na prisão tudo o que aprendi, senão lembraria mais alguma coisa. E Cristo? Cristo respondia à realidade chorando, sorrindo, entristecendo-se ficando furioso e até angustiando-se; não foi com um sorriso que Ele caminhou ao encontro dos sofrimentos e não desprezou a morte, mas rezou no Jardim de Getsemani, pedindo para evitar o cálice: 'Meu Pai, se é possível, afasta de mim esse cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como Tu queres.' (Matheus, XXVI, 39)"
Tchekhov, in Enfermaria n° 06

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