terça-feira, 26 de junho de 2012

“Embora o artista em todos os períodos da sua vida permaneça mais próximo da infância, para não dizer mais fiel do que o homem especializado na realidade prática, muito embora se possa afirmar que ele, ao contrário deste último se mantém continuamente no estado sonhador e puramente humano da criança brincalhona, o caminho que transpõe a partir dos primórdios intactos até às fases tardias, jamais imaginadas do seu devir, é infinitamente mais longo, mais aventuroso, mais emocionante para o espectador, do que o do homem burguês, para o qual a reminiscência de também ter sido criança em outros tempos nunca fica tão prenhe de lágrimas.”
Thomas Mann, in Doutor Fausto

Nenhum comentário:

Postar um comentário