terça-feira, 29 de novembro de 2011

Hoje faz dez anos de morte do beatle George Harrison

Sempre apaixonado pela música, mas quase nunca à vontade em um palco. Assim se definia o ex-beatle George Harrison. Dez anos depois de sua morte, que se completam nesta terça-feira (29), o integrante mais enigmático do grupo volta a ser o centro das atenções neste dia em que fãs e admiradores prestam homenagens ao redor do mundo --ainda que ele já tenha dito um dia: "a fama não é o meu objetivo". 
Com a mulher, Olivia, e o filho, Dhani, ao seu lado, George Harrison morreu aos 58 anos de idade numa quinta-feira em Los Angeles, após uma luta de quatro anos contra um câncer no pulmão. Nos últimos anos de vida, Harrison trabalhava de forma discreta. "Ocasionalmente faço uma música nova, mas não posso me considerar realmente um indivíduo dedicado à carreira", disse ele ao "USA Today" um ano antes. "Basicamente, eu sou um jardineiro".  
Mesmo durante a explosão dos Beatles, Harrison era sempre tido como o integrante mais tímido e silencioso. Quando entrou no Hall da Fama do Rock and Roll, em 1988, até ironizou: "Não tenho muita coisa a dizer porque sou o beatle calado".
Certa vez, a viúva do guitarrista, a mexicana Olivia Harrison, disse que o músico sofreu tanto estresse ao ser perseguido por fãs e pela imprensa na época dos Beatles que optou pela reclusão. "Ele passou o resto de sua vida viajando pelo mundo para encontrar um paraíso tranqüilo, longe de seu status de celebridade", disse ela, que se casou com Harrison em 1978. 
Harrison deixou obras-primas em seu legado, como a cultuada "Something", uma inesquecível balada do disco "Abbey Road" (1969). E vieram também dele "Taxman", "While My Guitar Gently Weeps", "If I Needed Someone" e "Here Comes the Sun".  
Mas foi na música indiana que ele se encontrou espiritualmente e achou um caminho de afirmação artística para se destacar de John Lennon e Paul McCartney, num momento em que começava a sofrer os efeitos da asfixiante fama do grupo. Introduziu a cítara no rock e um toque indiano em músicas como "Norwegian Wood" e "Within You Without You". 
Mesmo após a dissolução dos Beatles, Harrison também se destacou em carreira solo: logo em sua estreia, lançou o álbum triplo "All Things Must Pass" em 1970, o primeiro trabalho de um ex-beatle a entrar em primeiro lugar nas paradas. Conhecido também pela generosidade, Harrison organizou dois concertos beneficentes em 1971 para os refugiados famintos de Bangladesh.  
Em 1974, ele se tornou o primeiro beatle a fazer sozinho uma turnê mundial. E, após uma pausa, retornou em 1988 com o álbum "Cloud Nine". Harrison se juntou a Bob Dylan, Roy Orbison, Tom Petty e Jeff Lynne no primeiro dos dois álbuns do Traveling Wilburys. Nos anos 90, fez poucas empreitadas musicais, entre elas a colaboração para o "Beatles Anthology" e a reedição do seu próprio catálogo de obras.   
Um dia após a morte de Harrison, a sua família divulgou um comunicado: "Ele deixou este mundo da mesma forma em que nele viveu, consciente da presença de Deus, sem medo da morte e em paz, rodeado pela família e pelos amigos".



Fonte: musica.uol.com.br

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