sexta-feira, 29 de abril de 2011

“Governo! Sempre governo! O governo devia ser o agricultor, o industrial, o comerciante, o filósofo, o sacerdote, o pintor, o arquiteto. Tudo! Quando um país abdica assim nas mãos dum governo toda a sua iniciativa, e cruza os braços, esperando que a civilização lhe caia feita das secretarias, como a luz lhe vem do sol, esse país está mal: as almas perdem o vigor, os braços perdem o hábito do trabalho, a consciência perde a regra, o cérebro perde a ação. E como o governo lá está para fazer tudo, o país estira-se ao sol e acomoda-se para dormir. Mas, quando acorda, é como nos acordamos com uma sentinela estrangeira à porta do arsenal.
                                        Eça de Queirós

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